Brasileiras empreendedoras na área de comida nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a culinária brasileira tem conquistado visibilidade crescente, tanto pelo sabor e diversidade de ingredientes quanto pela inovação que empreendedoras brasileiras têm levado ao mercado. Cada vez mais mulheres brasileiras ocupam espaço no setor de alimentos, criando negócios que representam a tradição gastronômica do Brasil e, ao mesmo tempo, adaptam receitas a um público americano, com toques contemporâneos e saudáveis.

Essas empreendedoras não apenas impulsionam a culinária brasileira no exterior, mas também se destacam pela criatividade, perseverança e capacidade de gestão. A seguir, conheça algumas delas.

1. Luciana Bianchi – Fundadora do "Café Brasileiro"

Luciana Bianchi criou o Café Brasileiro, cafeteria especializada em cafés gourmet que leva a essência do café nacional ao mercado americano. A proposta surgiu do desejo de proporcionar aos consumidores dos Estados Unidos uma experiência autêntica, com grãos de alta qualidade e preparo tradicional.

O local oferece também quitutes típicos, como pão de queijo, coxinha e brigadeiro. Luciana atua na promoção do café brasileiro mundo afora, apresentando suas variedades e métodos de preparo.

2. Fabiana Maciel – Fundadora da "Brazuca Kitchen"

À frente da Brazuca Kitchen, Fabiana Maciel desenvolve alimentos congelados típicos brasileiros, atendendo à demanda por praticidade e autenticidade. A empresa oferece pratos como feijoada, arroz e feijão, pastéis e bolos tradicionais.

Com foco em ingredientes frescos e de fornecedores locais, a marca alia conveniência e sabor original. A proposta conecta a cultura alimentar brasileira aos hábitos do público nos Estados Unidos.

3. Carla Lelis – Fundadora da "Coco Fresco"

Carla Lelis lidera a Coco Fresco, marca de bebidas e produtos derivados do coco, como água de coco e sorvetes veganos. A proposta valoriza ingredientes naturais e práticas sustentáveis.

Além de promover hábitos saudáveis, Carla busca fortalecer a cadeia produtiva do coco no Brasil, com apoio a pequenos produtores.

4. Renata Lima – Fundadora do "Renata’s Brazilian Kitchen"

Chef de formação, Renata Lima comanda o Renata’s Brazilian Kitchen, restaurante em Nova York que oferece pratos típicos com releituras contemporâneas. O cardápio inclui moqueca, feijoada, pastéis e pão de queijo.

O restaurante tornou-se referência entre brasileiros expatriados e americanos em busca de uma experiência autêntica e criativa da gastronomia brasileira.

5. Thais Gama – Fundadora da "Gama’s Brazilian Bakery"

Thais Gama criou a Gama’s Brazilian Bakery, padaria especializada em doces e pães tradicionais, como pão de queijo e brigadeiro. O negócio nasceu do desejo de oferecer aos americanos sabores da confeitaria brasileira, com produção artesanal e ingredientes autênticos.

A marca também desenvolve receitas que combinam influências brasileiras e americanas, ampliando seu público.

Embora estejam conquistando visibilidade e espaço no setor de alimentos nos Estados Unidos, essas empreendedoras brasileiras enfrentam desafios importantes. A adaptação a um mercado com hábitos e expectativas distintas, a construção de uma base fiel de clientes e as dificuldades para acessar linhas de crédito e financiamento seguem como barreiras comuns. Muitas iniciam suas trajetórias com recursos limitados, conciliando a gestão do negócio com as demandas do cotidiano em um país estrangeiro.

Ainda assim, o cenário apresenta oportunidades relevantes. O interesse crescente por culinárias étnicas e autênticas abre portas para quem sabe comunicar suas origens com qualidade e consistência. Além disso, o fortalecimento de movimentos por uma alimentação mais saudável e sustentável cria espaço para produtos naturais, veganos, sem glúten e com menor grau de processamento — como demonstram as marcas que apostam no uso do coco e em receitas adaptadas ao estilo de vida contemporâneo.

Ao unirem tradição, criatividade e capacidade de inovação, essas empresárias não apenas difundem a cultura alimentar brasileira, mas também contribuem para transformá-la. Seus negócios são reflexo do potencial da gastronomia como ferramenta de integração cultural e desenvolvimento econômico. Ao inspirarem outras mulheres, constroem um caminho de protagonismo que vai além da cozinha: afirmam-se como agentes de mudança em um mercado dinâmico e competitivo.