Recuperando tradições: gratidão inspira tradicional festa de Reis da Ruiz Coffees

Há mais de 30 anos, João Ruiz Lourenço, então CEO da Ruiz Coffees, enfrentava um câncer. Apegado à fé, o empresário se voltou para sua devoção aos Santos Reis e fez uma promessa. Desde então, a empresa organiza uma festa, já tradicional, em homenagem aos três magos Gaspar, Melchior e Baltazar, que visitaram e ofereceram presentes ao Menino Jesus.

Depois de ouvirem o rei, eles seguiram o seu caminho, e a estrela que tinham visto no Oriente foi adiante deles, até que finalmente parou sobre o lugar onde estava o menino. Quando tornaram a ver a estrela, encheram-se de júbilo.
Mateus, 2:9-10

Entre funcionários, moradores da região, visitantes e familiares, a Fazenda Santa Rita, em Piumhi, interior de Minas Gerais, recebe mais de mil convidados para uma tarde de celebração e gratidão. E, segundo Nathalia Ruiz, CFO da Ruiz Coffees, novas gerações se formaram em torno desta tradição.

“Cresci com essa festa como referência, mas ela vai muito além da minha família. As pessoas participam e isso vai passando de pai para filho. Esse ano mesmo me falaram ‘meu pai não vem esse ano, mas eu fiz questão de participar, de agradecer’”, conta a executiva.

Uma expressão de fé, a festa começa com a chegada dos Reis Magos, representados pelos foliões, à casa principal da Fazenda, onde eles pedem permissão para a entrada. Todo ano alguém da família Ruiz é escolhido para levar a bandeira ao altar, cujo percurso envolve os ritos clássicos do Reisado, como a quebra do cruzeiro e a passagem por três arcos. Na igreja, celebra-se o terço de Santos Reis.

“Para mim, a festa é uma forma de gratidão: pelo ano vivido, pela saúde da família. Isso não tem preço e oferecer esse espaço de gratidão para outras pessoas se tornou uma missão”, afirma Nathalia.

Mas a festa não termina por aí. A fartura, com banquete de comidas tradicionais, também integra a tradição. E na Fazenda Santa Rita a comilança é embalada pelo churrasco de chão, um legado gaúcho. Os churrasqueiros chegam cedo para preparar a clássica costela no tacho, acompanhada de arroz temperado e feijão gordo - uma versão de feijoada típica da cozinha de tropeiro, dos interiores brasileiros.

Para Nathalia, a celebração é uma forma de se conectar com os valores humanos. “Hoje em dia perdemos um pouco o contato com a fé, a religiosidade, a família. É uma oportunidade de nos unirmos em comunhão, de valorizar a vida, com suas dificuldades e conquistas”, diz ela.