Mulheres de Fibra: movimento que planta, colhe, conecta e transforma o mundo
Uma rede de mulheres que fortalece histórias, amplia oportunidades e gera impacto social
4/6/2025

Grupo Mulheres de Fibra da ação de 2024 no algodão (Foto: Tibério Hélio)
No campo, na cidade, na vida — são as mulheres que desempenham múltiplos papéis essenciais nas relações humanas e no trabalho. Muitas vezes, porém, não percebem a grandiosidade do que constroem. Elas geram, criam, sustentam, transformam, fortalecem e agregam. Foi para canalizar essa força que nasceu o Movimento Mulheres de Fibra. O objetivo era unir mulheres, dar visibilidade às suas histórias e fortalecer seu protagonismo.
Ideias com essência e verdade criam raízes. O movimento rompeu barreiras, cresceu e atravessou campos, cidades e países. Tornou-se um espaço de aprendizado e transformação. O nome foi inspirado no algodão — fibra nobre, delicada e essencial, que exige cuidado desde a plantação até o fio final. Um processo longo, que precisa de mãos dedicadas, paciência, conhecimento, resiliência e coragem. Exatamente como a trajetória de cada mulher. Somos semelhantes a essa fibra: resistentes, sensíveis e, ao mesmo tempo, capazes de suportar as secas, florescer na primeira chuva e dar forma a projetos e sonhos.

Foto da D Ani no algodão (Foto: Acervo pessoal)
Com vivência intensa no campo, conhecemos muitas mulheres cujas histórias raramente são contadas. Elas administram propriedades, lidam com a terra, gerenciam negócios e famílias e tomam decisões estratégicas. O Movimento Mulheres de Fibra surgiu para abrir caminhos, conectando mulheres do campo e da cidade. Nosso sonho é grande: construir algo duradouro e verdadeiramente transformador.
Dessa vontade de contribuir para um mundo mais justo e inclusivo nasceu o Instituto Cultivar Progresso, uma entidade de impacto social que se tornou um movimento dentro do movimento. Nosso propósito é gerar conhecimento, autonomia e oportunidades para quem vive na invisibilidade. Quando uma mulher aprende, empreende ou se fortalece, ela leva muitas outras com ela.
Agora, o Movimento Mulheres de Fibra e o Instituto Cultivar Progresso concretizam um projeto grandioso no interior do Piauí. Com um investimento de cerca de R$ 9 milhões, iniciamos a construção do Centro de Inclusão e Desenvolvimento Humano. O espaço abrigará a Clínica Escola APAE de Bertolínia e projetos de saúde, educação e capacitação profissional e meio ambiente. O impacto alcançará cerca de 28 mil pessoas em cinco municípios vizinhos: Landri Sales, Canavieira, Sebastião Leal, Jerumenha e Manoel Emídio.

Foto obra drone (Foto: Rádames Nascimento)
E o que é um movimento sem registros? Neste Mês das Mulheres, lançamos o Book Mulheres de Fibra, reunindo nossos projetos, iniciativas de parceiros e relatos inspiradores de mulheres que enfrentaram desafios, seguiram em frente e teceram um novo destino. O lançamento aconteceu em março, celebrado com um encontro especial na loja da Tidelli, em São Paulo.

Foto avião (Foto: Tibério Hélio)
Estamos felizes que o Mulheres de Fibra virou movimento, virou livro e se transformou em um chamado para que cada mulher reconheça sua própria grandeza. Para que nenhuma de nós se sinta sozinha em sua caminhada. Porque juntas, florescemos. Criamos. Transformamos o mundo.

Grupo Mulheres de Fibra da ação de 2024 no algodão (Foto: Tibério Hélio)
*Artigo produzido por Ani Sanders - produtora rural, cofundadora do Grupo Progresso e presidente do Instituto Cultivar Progresso. Atua na valorização das mulheres e na construção de iniciativas sociais que deixam o mundo melhor
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