Design & Arquitetura

O que a neurociência tem a ver com a cor do ano?

A colunista Eliene Lucindo explica que a eleita pela Pantone, Mocha Mousse, representa uma busca por espaços mais acolhedores

Por
Eliene Lucindo

4/9/2025

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Tons suaves ganham destaque depois de anos de brilhos de dopamina (Foto: Adobe Stock)

Mocha Mousse é a cor do ano de 2025, segundo a Pantone. O tom 17-1230 é um marrom suave que carrega uma experiência sensorial de calor reconfortante. Distante dos "brilhos de dopamina" que dominaram nos últimos anos, essa escolha reflete uma busca por harmonia e conforto em tempos de complexidade. Influenciada pela neurociência, esta escolha conecta emoções de segurança e bem-estar ao ambiente, promovendo tranquilidade e estabilidade.

A nova tonalidade é inspirada na “cultura das pequenas guloseimas” – aquela experiência de saborear um café com um toque especial ou um chocolate ao leite. Mais do que uma simples escolha estética, a Mocha Mousse propõe uma conexão emocional, evocando sensações de segurança e bem-estar, respaldadas por estudos na área da neurociência. Essa cor não apenas colore ambientes, mas também influencia a psicologia dos espaços, promovendo tranquilidade e estabilidade.

Na arquitetura e design, a cor é ideal para criar espaços acolhedores, funcionando bem em paletas neutras e sofisticadas. Em interiores, destaca-se em paredes, móveis e acessórios, criando harmonia e um toque natural. A moda também abraça essa tendência, com tecidos e peças que evocam conforto e elegância atemporal.

A cor dialoga com a necessidade atual de ambientes introspectivos, ecoando uma reconexão com o essencial. É importante lembrar que tendências cromáticas influenciam não só a decoração, mas também a psicologia dos espaços, impactando como nos sentimos em nossas casas e locais de trabalho​. Ou seja, é ideal para expressar o equilíbrio entre luxo e conexão com a natureza, provocando sensação de bem-estar que tanto desejamos no cenário atual.

Além de sua presença marcante, as tendências de cores para 2025 apontam para uma dualidade: a junção de tons suaves – como lavanda, verde menta e pêssego – que promovem calma e proximidade com o natural, e matizes metálicos, como prata e azul digital, que evocam o avanço tecnológico e o futuro digital.

Como aplicar as tendências

  • Na decoração de interiores: combinar paletas neutras com detalhes vibrantes e materiais sustentáveis, como madeira reciclada e tecidos de fibras naturais, cria um ambiente orgânico e acolhedor.
     
  • Na arquitetura: Elementos de design biofílico, como amplas janelas e jardins internos, aliados a acabamentos metálicos, reforçam a conexão com o meio ambiente e conferem um toque contemporâneo.
     
  • No design de produtos: a fusão entre a funcionalidade e a beleza é uma aposta para móveis e itens decorativos, onde as cores remetem ao bem-estar emocional e à inovação.
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