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Quatro dicas para não errar ao pedir dupla cidadania

Documentos corretos e organizados são a chave para acertar no processo, diz especialista

Por
Redação

4/7/2025

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Erros em documentos são os mais comuns ao pedir dupla cidadania (Foto: Adobe Stock) 

O interesse de brasileiros por uma segunda cidadania vem crescendo, movido pelo desejo de acessar melhores oportunidades de qualidade de vida e mobilidade internacional.

Com o reconhecimento, é possível usufruir de sistemas de saúde e educação pública do país de destino, obter acesso ao mercado de trabalho e até benefícios previdenciários em alguns casos.

No entanto, a obtenção da dupla cidadania pode ser um processo burocrático e cheio de armadilhas, exigindo planejamento e atenção.

Segundo a especialista Lilian Ferro, CEO da Simonato Cidadania, o processo requer uma análise criteriosa e o cumprimento de exigências legais que variam conforme o país de origem.

Para evitar contratempos que atrasam ou inviabilizam o processo, Lillian destaca quatro pontos críticos que exigem atenção.

1. Documentação Completa e Atualizada

O primeiro passo para quem busca o reconhecimento de dupla cidadania é reunir todos os documentos necessários e garantir que estejam revisados e atualizados conforme os padrões exigidos pelas autoridades do país pretendido.

“A documentação é como se fosse a espinha dorsal do trabalho de reconhecimento de uma cidadania, e qualquer erro pode levar a grandes complicações”, diz Lilian.

Documentos com informações incorretas ou incompletas podem atrasar significativamente o processo e, em alguns casos, até impossibilitar o reconhecimento da cidadania.

2. Retificações Documentais

Muitas vezes, erros históricos nos registros — como nomes, datas ou locais incorretos — precisam ser corrigidos, o que exige conhecimento técnico e jurídico.

Segundo Lillian, é importante contar com a ajuda de um especialista para identificar e realizar as retificações já que erros podem prolongar o processo e reduzir as chances de aprovação.

3. Tradução Juramentada

Dependendo do país de destino, todos os documentos podem precisar de uma tradução juramentada, ou seja, certificada oficialmente.

Documentos com tradução simples, ou não oficial, podem ser rejeitados pelas autoridades competentes. Garantir a tradução juramentada desde o início é uma medida que evita refazer o trabalho e acelera o processo.

“Sem a ajuda de um tradutor juramentado, é provável que os documentos sejam negados”, alerta Lilian.

4. Certidão Negativa de Naturalização (CNN)

Para muitos processos de dupla cidadania, é necessário apresentar uma Certidão Negativa de Naturalização (CNN), documento que confirma se o antepassado estrangeiro se naturalizou ou não no Brasil.

Esse registro deve ser completo e abranger o período desde o nascimento do antepassado até o falecimento ou naturalização, quando aplicável.

Apresentar uma CNN incompleta é um erro comum, que pode comprometer a validade do pedido e levar à rejeição do processo.

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