Ano novo, profissão nova…
Rever nossos hábitos e revistar quem somos é um processo importante para iniciar novas fases, mudando de área ou não
PorFabiana Zaidan
4/10/2025

A busca por novos rumos é um caminho para dentro que envolve silêncios e transpiração (Foto: Adobe Stock)
Curto e aprecio começar o ano pensando em importâncias, apesar de gostar de pensar em importâncias o ano todo. E percebo que muitas pessoas também sentem a mesma satisfação. Isso alegra demais o meu existir! Confesso.
Noto através dos meus sentidos que esse gosto por pensar nas importâncias, é o que me compensa e me protege, sobretudo nos momentos de virada que quero dar na minha vida.
2025 é o ano que determinei novos palcos para a expressão dos meus talentos que estão ligados à comunicação e ao compartilhamento. Reconheço que muitos desses palcos já existem, outros ainda estão sendo montados com muito amor, cuidado, inteligência e muitas pessoas colaboram comigo para essa construção.
Sim: colaboração é a nova revolução! Qualquer que seja a direção que sua alma esteja tentando te apontar, leve em conta as pessoas e suas possibilidades de contribuição. O coletivo é milagroso! Já estamos atrasados na compreensão correta desse milagre. Ainda desconfiamos demais, pensamos demais e aproveitamos de menos tudo que já está ao nosso dispor.
Acredito ser muito importante considerar pensar sobre a minha profissão, o meu ofício e atualizar meus meios e meus modos para que eu siga coerente com minha alma. Aquele velho e bom balanço sobre permanências e transformações – em algum nível – é o que faço enquanto escrevo essas palavras! O que me ocorreu pensando sobre o tema, é que não fomos educados, orientados, alertados e ensinados a fazermos – com alguma periodicidade – uma revisão da nossa profissão. E esse é um equívoco que cobra um preço alto da gente.
A escolha de qual profissão vamos ter na vida, que fazemos numa idade muito tenra e que – a depender da experiência e da interpretação da experiência que cada um oferece a si mesmo - pode soar até como uma condenação: escolheu, está escolhido. Basta.
Com sorte, vivemos tempos em que cada vez mais as pessoas fazem a chamada “transição” de carreira. Eu acredito mais em “sobreposição”. É como se de tanto buscarmos por algo, aquilo que está sendo buscado se apresenta lindamente, porque reconhece o chamado e entrega a manifestação desejada.
Mas não nos iludamos: envolve silêncio e transpiração numa medida muitas vezes não tão bem equilibrada. É um caminho pra dentro!
Isso ajuda demais no encontro com o que flui, com o que é positivo e com o que é favorável e compatível com nossas existências. Vamos aos poucos, homeopaticamente, experimentando o milagre da vida que vai conectando pontos e nos apresentando sentidos e mais sentidos. Predisposição para trazer alegria e saúde é mais que muito bem-vindo, seja lá qual for a profissão que se tem ou que deseja exercer.
Capacidade de limpar assuntos bobos e ter a energia de acordar o outro por meio da facilitação, contribuição e compartilhamento, é um super poder a ser desenvolvido, além de tornar progressos mais rápidos exponencialmente. O saudável hábito de tempos em tempos de atualizar nossa identidade, atualizar nossos meios, nossas formas e nossos modos nos presenteiam com milagres.
São tempos de sofisticarmos a forma como dedicamos atenção ao que percebemos sobre nós, nossas possibilidades de contribuição e apresentação disso ao mercado. O bom entre todos os bons gostos, é o gosto que dá, a gente se pensar para se atualizar!
(Re)perceber a si mesmo é a grande oportunidade, porque quando escolhemos perceber de uma nova forma tocamos na essência da criatividade. E quando tocada, a criatividade é abundantemente generosa no que manifesta para quem busca.
Por meio da profissão, vivemos experiências diferentes e interoperáveis entre si. Se as experiências são negativas, aprisionantes e em muitos casos até deprimentes, reduzimos as chances de espaço para que o novo e o fresco surjam em nossos caminhos. A criatividade não encontra espaço para manifestação. Bate aquela sensação de mais do mesmo.
E sobre vieses, muita atenção: precisamos revisitar os nossos. Qual a sua participação para a criação de um mundo melhor a partir do lugar que ocupa: Tudo precisa ser completamente adequado e apropriado às suas possibilidades de contribuição! Nada além do que tem cabimento na sua oferta. Levantar essa questão para si mesmo revela e reforma antigas formas de nós que clamam por intervenção e atualização.
Será que dedicamos tempo de qualidade para esse tipo de troca? Silenciar, acalmar-se, acreditar, trocar, compor, recompor, abandonar, incorporar. Vamos conjugar esses verbos e usufruir dos poderes que carregam. Nada mais oportuno para um ano regido por Iansã, a Mãe do Movimento, do que abrir espaço de qualidade para tais questões.
Um ano bom pra você, de fio a pavio! Repleto de movimentações de qualidade!
Artigos Populares

Onde encontrar inspirações de feminilidade?

Recuperando tradições: gratidão inspira tradicional festa de Reis da Ruiz Coffees

Por que os beach clubs fazem tanto sucesso no Brasil e no mundo?

Como substituir telas por momentos enriquecedores nas férias

Nomofobia: o medo irracional de ficar sem celular e o impacto na vida escolar