Comportamento

Cuidando do nosso entorno

Como valorizar e desenvolver as comunidades em que vivemos

Por
Fabiana Zaidan

4/10/2025

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Podemos inspirar o crescimento de quem está ao nosso redor, promovendo experiências valiosas para quem colabora e caminha ao nosso lado (Foto: Freepik)

“Eu vim da Bahia mas eu volto pra lá
Eu vim da Bahia e algum dia eu volto pra lá [...] 
[...] Na Bahia que é meu lugar / tem meu chão, tem meu céu, tem meu mar. 
A Bahia que vive pra dizer / como é que se faz pra viver”

Nascida em São Paulo e crescida em Salvador, em 2025, celebro 26 anos de volta ao lugar onde nasci e escolhi formar a minha família. Minha alma baiana, sempre a me acompanhar, fez com que eu também passasse a ter um CEP por lá, no meu pedaço de Bahia que fica mais ao sul. Ali, onde tudo começou para o Brasil. E, como estamos na Costa do Descobrimento, lá é lugar de quem se busca e se acha. 

Não que, necessariamente, precise ser uma descoberta de algo nunca visto, mas é aquela descoberta que acorda os sentidos mais sofisticados para perceber algo que estava carecendo de alguma atualização. E que coisa linda e boa é  percebermos como está ao nosso alcance melhorar o mundo por meio de quem somos e de como escolhemos nos relacionar com tudo e com todos. Ando muito alumbrada com os desdobramentos dessa percepção em mim. 

De quantas capacidade já somos dotadas? Inúmeras. Umas mais evidentes e outras ainda em estágio de amadurecimento. Vamos entendendo e aprendendo, não necessariamente nessa mesma ordem. 

Pode ter certeza de que algumas das nossas capacidades são suficientemente inspiradoras para despertar o apetite de desenvolvimento no seu entorno. Sobretudo ao oferecer ajudas preciosas e promover o crescimento mútuo aos que nos servem, aos que nos ajudam e aos que colaboram, com a experiência que desejamos vivenciar. 

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Temos inúmeras capacidades, algumas evidentes, outras em evolução, e aprendemos a cada passo (Foto: Canva)

Ali – no meu novo CEP – vi, senti, vivi e experimentei um desfile de generosidade, boa vontade, disposição para aprender e força de trabalho que me impressionaram magnificamente. Tudo novo para todos. Primeira casa que tenho nesse modelo. Férias. Convidados. Hóspedes. Café da manhã. Almoço. Aperitivo. Jantar. Frutas. Legumes. Bebidas. Frutos do mar. Material de limpeza. Cardápio. Ufa! 

Já fiz a minha declaração de incompetência na largada e o meu time de casa fez o mesmo. Com isso, já alinhamos as expectativas. Quem cozinhava, dizia que não sabia, mas com tempero excelente. Ou seja: ela só não sabia que já sabia. Mas, claro, que precisaria aprender medidas, receitas e dicas importantes de limpeza. E, quem limpava, estava muito insegura quanto às melhores formas de fazer, o que vai com cada coisa, o que limpa melhor o que. 

Compartilhando a minha vulnerabilidade com a minha cunhada, ela trouxe luz pra questão: me sugeriu convidar uma das meninas da comunidade que já conhecia o trabalho para ensinar aquelas que não sabiam e queriam aprender. Eureka! 

Assim fiz. Que coisa boa é juntar pessoas para dividir informações e multiplicar conhecimento. 

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Aprender é algo contínuo, e compartilhar informações multiplica o conhecimento (Foto: Canva)

Quem contratei para ensinar as demais, me contou que virou o ano querendo fazer alguma coisa nova no trabalho e que a oportunidade que ofereci fazia completo sentido para ela. Conversamos. Nos entendemos. Apostei na capacidade dela de ensinar – ela mesma ainda tinha algum receio – e está sendo um sucesso.

Tudo isso me deu vontade de escrever sobre os milagres que são frutos da atenção sofisticada que dedicamos às pessoas que estão à nossa volta. É um tal de falar tão alto e nas mais inadequadas formas sobre mudança de mundo que eu fico aqui quietinha a pensar: 

“Você muda seu mundo de que forma”? 
“Sabe a história de vida daquele que está servindo a você, na sua casa?” 

É a prática do bem por ser quem se é e escolher melhorar o mundo a partir da forma que olha e interage com toda e qualquer experiência.  Desejo que 2025 seja um ano de revelação das consciências sobre essa capacidade que cada um tem de ajudar ao entorno, apenas sendo quem é. E que escolhamos as nossas versões mais atualizadas para sairmos mundo afora. 

Nos vemos em março. 

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